Capítulo 5, verso 17 - Capítulo 7, verso 25
17
E, levantando-se o sumo sacerdote, e todos os que estavam com ele (e eram eles da seita dos saduceus), encheram-se de inveja,
18
E lançaram mão dos apóstolos, e os puseram na prisão pública.
19
Mas de noite um anjo do Senhor abriu as portas da prisão e, tirando-os para fora, disse:
20
Ide e apresentai-vos no templo, e dizei ao povo todas as palavras desta vida.
21
E, ouvindo eles isto, entraram de manhã cedo no templo, e ensinavam. Chegando, porém, o sumo sacerdote e os que estavam com ele, convocaram o conselho, e a todos os anciãos dos filhos de Israel, e enviaram ao cárcere, para que de lá os trouxessem.
22
Mas, tendo lá ido os servidores, não os acharam na prisão e, voltando, lho anunciaram,
23
Dizendo: Achamos realmente o cárcere fechado, com toda a segurança, e os guardas, que estavam fora, diante das portas
24
Então o sumo sacerdote, o capitão do templo e os chefes dos sacerdotes, ouvindo estas palavras, estavam perplexos acerca deles e do que viria a ser aquilo.
25
E, chegando um, anunciou-lhes, dizendo: Eis que os homens que encerrastes na prisão estão no templo e ensinam ao povo.
26
Então foi o capitão com os servidores, e os trouxe, não com violência (porque temiam ser apedrejados pelo povo).
27
E, trazendo-os, os apresentaram ao conselho. E o sumo sacerdote os interrogou,
28
Dizendo: Não vos admoestamos nós expressamente que não ensinásseis nesse nome? E eis que enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina, e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem.
29
Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.
30
O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, ao qual vós matastes, suspendendo-o no madeiro.
31
Deus com a sua destra o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados.
32
E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem.
33
E, ouvindo eles isto, se enfureciam, e deliberaram matá-los.
34
Mas, levantando-se no conselho um certo fariseu, chamado Gamaliel, doutor da lei, venerado por todo o povo, mandou que por um pouco levassem para fora os apóstolos
35
E disse-lhes: Homens israelitas, acautelai-vos a respeito do que haveis de fazer a estes homens,
36
Porque antes destes dias levantou-se Teudas, dizendo ser alguém
37
Depois deste levantou-se Judas, o galileu, nos dias do alistamento, e levou muito povo após si
38
E agora digo-vos: Dai de mão a estes homens, e deixai-os, porque, se este conselho ou esta obra é de homens, se desfará,
39
Mas, se é de Deus, não podereis desfazê-la
40
E concordaram com ele. E, chamando os apóstolos, e tendo-os açoitado, mandaram que não falassem no nome de Jesus, e os deixaram ir.
41
Retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus.
42
E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo.
Capítulo 6
1
Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano.
2
E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas.
3
Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.
4
Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.
5
E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia
6
E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.
7
E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.
8
E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.
9
E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos libertinos, e dos cireneus e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão.
10
E não podiam resistir à sabedoria, e ao Espírito com que falava.
11
Então subornaram uns homens, para que dissessem: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus.
12
E excitaram o povo, os anciãos e os escribas
13
E apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei
14
Porque nós lhe ouvimos dizer que esse Jesus Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos deu.
15
Então todos os que estavam assentados no conselho, fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo.
Capítulo 7
1
E disse o sumo sacerdote: Porventura é isto assim?
2
E ele disse: Homens, irmãos, e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a nosso pai Abraão, estando na mesopotâmia, antes de habitar em Harã,
3
E disse-lhe: Sai da tua terra e dentre a tua parentela, e dirige-te à terra que eu te mostrar.
4
Então saiu da terra dos caldeus, e habitou em Harã. E dali, depois que seu pai faleceu, Deus o trouxe para esta terra em que habitais agora.
5
E não lhe deu nela herança, nem ainda o espaço de um pé
6
E falou Deus assim: Que a sua descendência seria peregrina em terra alheia, e a sujeitariam à escravidão, e a maltratariam por quatrocentos anos.
7
E eu julgarei a nação que os tiver escravizado, disse Deus. E depois disto sairão e me servirão neste lugar.
8
E deu-lhe a aliança da circuncisão
9
E os patriarcas, movidos de inveja, venderam José para o Egito
10
E livrou-o de todas as suas tribulações, e lhe deu graça e sabedoria ante Faraó, rei do Egito, que o constituiu governador sobre o Egito e toda a sua casa.
11
Sobreveio então a todo o país do Egito e de Canaã fome e grande tribulação
12
Mas tendo ouvido Jacó que no Egito havia trigo, enviou ali nossos pais, a primeira vez.
13
E na segunda vez foi José conhecido por seus irmãos, e a sua linhagem foi manifesta a Faraó.
14
E José mandou chamar a seu pai Jacó, e a toda a sua parentela, que era de setenta e cinco almas.
15
E Jacó desceu ao Egito, e morreu, ele e nossos pais
16
E foram transportados para Siquém, e depositados na sepultura que Abraão comprara por certa soma de dinheiro aos filhos de Emor, pai de Siquém.
17
Aproximando-se, porém, o tempo da promessa que Deus tinha feito a Abraão, o povo cresceu e se multiplicou no Egito
18
Até que se levantou outro rei, que não conhecia a José.
19
Esse, usando de astúcia contra a nossa linhagem, maltratou nossos pais, a ponto de os fazer enjeitar as suas crianças, para que não se multiplicassem.
20
Nesse tempo nasceu Moisés, e era mui formoso, e foi criado três meses em casa de seu pai.
21
E, sendo enjeitado, tomou-o a filha de Faraó, e o criou como seu filho.
22
E Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios
23
E, quando completou a idade de quarenta anos, veio-lhe ao coração ir visitar seus irmãos, os filhos de Israel.
24
E, vendo maltratado um deles, o defendeu, e vingou o ofendido, matando o egípcio.
25
E ele cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus lhes havia de dar a liberdade pela sua mão